Físicos conseguem transformar chumbo em ouro em acelerador de partículas – por apenas 1 microssegundo

O sonho dos alquimistas finalmente realizado

Cientistas do Grande Colisor de Hádrons (LHC), maior acelerador de partículas do mundo, fizeram história. Eles conseguiram transformar chumbo em ouro através de colisões de partículas.

Porém, há um detalhe importante. As partículas viajavam a velocidades próximas à da luz. Além disso, o experimento aconteceu entre 2015 e 2018 pela colaboração ALICE.

Como resultado, foram produzidos cerca de 86 bilhões de núcleos de ouro. No entanto, eles duraram apenas 1 microssegundo.

Por que essa descoberta é revolucionária

Transformar metais comuns em ouro sempre foi o Santo Graal da alquimia medieval. Por muito tempo, isso parecia impossível. No entanto, os avanços da física nuclear moderna mudaram esse cenário.

Anteriormente, essa transformação já havia sido observada no acelerador SPS. Isso aconteceu também na Suíça, entre 2002 e 2004. Porém, nunca tinha sido documentada com tamanha precisão.

Além disso, este feito representa um marco importante. Ele ajuda a entender as interações entre fótons e núcleos atômicos. Consequentemente, isso abre caminho para novos estudos sobre a estrutura da matéria.

Como funciona a transformação atômica

O processo científico por trás do “milagre”

Como funciona: Primeiro, os campos eletromagnéticos intensos se formam durante as colisões. Então, esses campos conseguem ejetar exatamente 3 prótons dos núcleos. Como resultado, o número reduz de 82 prótons (chumbo) para 79 prótons (ouro).

Local do experimento: Por outro lado, todo o processo acontece no LHC, na Suíça. Este é o maior acelerador de partículas do mundo. Além disso, ele é operado pelo CERN.

Foto do LHC, maior acelerador de partículas do mundo.

A realidade por trás da descoberta: No entanto, o ouro produzido é altamente instável. Ele existe por apenas 1 microssegundo. Depois disso, se desintegra ou colide com os equipamentos.

Escala do experimento: Finalmente, a quantidade produzida é minúscula. São apenas 29 trilionésimos de grama. Portanto, isso torna impossível qualquer uso comercial.

O que isso significa para a ciência

Na minha opinião, esse experimento é fascinante por dois motivos:

Primeiro, mostra como a ciência consegue realizar feitos que pareciam puramente fantásticos há séculos atrás. 

Segundo, demonstra como pesquisa básica – mesmo sem aplicação prática imediata – pode revelar aspectos fundamentais do universo que um dia podem revolucionar nossa tecnologia. 

É o tipo de descoberta que nos mostra por que investir em ciência pura é essencial para o progresso humano.


Vocês acreditam no potencial futuro dessa tecnologia?

Comentem aí embaixo! Queremos saber o que pensam sobre essa conquista científica.


Fonte: InfoMoney – Físicos transformam chumbo em ouro em acelerador de partículas